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Furtos aumentam na Havan após agência do governo vetar vídeos

  • Foto do escritor: Neriel Lopez
    Neriel Lopez
  • há 4 dias
  • 2 min de leitura

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A rede Havan registrou um aumento no número de furtos em suas lojas após ser obrigada a suspender a divulgação de vídeos que mostravam suspeitos de praticar o crime dentro dos estabelecimentos. Segundo a empresa, a interrupção da campanha apelidada de “Amostradinhos do Mês”, determinada pela Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD), fez com que as ocorrências voltassem aos níveis anteriores.

A estratégia, iniciada em 2024, consistia na publicação mensal de gravações com flagrantes de furtos, exibindo o rosto das pessoas envolvidas. Cada vídeo, acompanhado do slogan “Quem não quer aparecer aqui, é só não furtar”, alcançava cerca de 25 milhões de visualizações nas redes sociais da marca. A Havan afirma que, durante o período em que os vídeos foram publicados, os casos de furto caíram mais de 50%.

Em maio deste ano, o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) acionou a ANPD, alegando que a exposição das imagens era incompatível com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A agência então determinou, no fim de junho, que a divulgação de vídeos fosse suspensa, sob pena de multa de até R$ 50 milhões, até que o caso fosse analisado.

Desde a suspensão, a empresa diz ter observado um crescimento nas ocorrências, especialmente no período noturno.

– Só em setembro foram 64 ocorrências no período noturno, o que representa quase 50% de todos os delitos de 2025. No acumulado do ano, já são 131 registros – informou a assessoria da varejista.

O fundador da rede, Luciano Hang, atribui diretamente o aumento dos crimes à retirada dos vídeos.

– Percebemos que os criminosos não têm medo da Justiça ou da polícia, mas sentem vergonha de serem reconhecidos por familiares, amigos, vizinhos ou até por outras vítimas. Quando expostos, pensam duas vezes antes de agir – declarou.

 
 
 

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