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EUA alertam sobre ameaça militar da China na Ásia; Pequim reage com dureza: ‘Não brinquem com fogo’

  • Foto do escritor: Neriel Lopez
    Neriel Lopez
  • há 58 minutos
  • 2 min de leitura



O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, afirmou neste sábado (31) que a China está se preparando para o uso de força militar no Indo-Pacífico, com o objetivo de alterar o equilíbrio de poder na região. As declarações ocorreram durante o Shangri-La Dialogue, maior fórum de segurança e defesa da Ásia, realizado em Singapura. Hegseth declarou que “a ameaça que a China apresenta é real e pode ser iminente”, destacando as crescentes tensões entre os dois países, que vão além da disputa comercial. A relação entre EUA e China, as duas maiores potências globais, deteriorou-se significativamente durante o governo do de Donald Trump, especialmente após a imposição de tarifas alfandegárias pesadas sobre produtos chineses.

Apesar de uma trégua temporária acordada em maio, as tensões entre as duas potências continuam, com disputas sobre tecnologia, comércio e influência geopolítica, particularmente na Ásia-Pacífico e na América Latina. Hegseth alertou que a China está “clara e credivelmente preparando o uso potencial da força militar” em disputas como no Mar da China Meridional, onde Pequim é acusada de militarizar ilhas reivindicadas pelas Filipinas. Além disso, o secretário de Defesa americano mencionou a questão de Taiwan, uma ilha autônoma que a China considera parte de seu território, e afirmou que as forças chinesas estão se preparando para uma possível invasão.

Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores da China criticou os Estados Unidos, afirmando que não devem usar a questão de Taiwan para conter a China e alertando: “não brinquem com fogo”. Pequim também acusou Washington de incitar divisões e desestabilizar a região com “acusações infundadas”.

Durante o evento em Singapura, Hegseth convocou os aliados asiáticos dos Estados Unidos a aumentar seus gastos militares, reforçando que a região é uma “prioridade” para Washington, que está ajustando sua estratégia para “dissuadir a agressão da China”. Os Estados Unidos têm intensificado sua cooperação com países como Japão, Filipinas e Índia, todos considerados contrapesos à influência chinesa na Ásia. Além disso, Hegseth mencionou o exemplo da Europa, onde vários países, incluindo a Alemanha, aumentaram seus orçamentos de defesa, após a pressão do governo Trump, que ameaçou se distanciar dos compromissos de defesa do continente. Ele sugeriu que os aliados asiáticos devem seguir esse exemplo.

No mesmo fórum, Kaja Kallas, chefe da diplomacia da União Europeia, comentou as pressões do governo Trump sobre o aumento dos gastos militares, chamando-as de “amor rígido”. Ela, no entanto, reconheceu que “é melhor ter amor, pelo menos, do que a falta de amor”, referindo-se às críticas europeias sobre as políticas americanas.

O Shangri-La Dialogue é uma plataforma chave para discutir questões de segurança regional, com participantes de todo o mundo, embora a China tenha decidido não enviar um alto representante para o evento este ano. Em seu lugar, o contra-almirante Hu Gangfeng denunciou as “acusações infundadas” de Hegseth, dizendo que os EUA tentam semear divisões e criar um clima de confronto na Ásia-Pacífico.

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