A Uefa decidiu nesta quinta-feira, 19, que Israel não receberá jogos de suas competições por conta do conflito no Oriente Médio. Com isso, duas partidas envolvendo equipes israelenses em competições europeias tiveram as datas alteradas. A medida foi tomada pelo Comitê Executivo da Uefa “após uma avaliação exaustiva da atual situação de segurança”. Por conta disso, a partida entre Maccabi Haifa, de Israel, e Villareal, da Espanha, válida pela Uefa Europa League, foi adiada para o dia 6 de dezembro. Pela Youth Champions League, o clube israelense anunciou a sua desistência e o Sparta Praga, da República Tcheca, avançou para a segunda rodada do torneio. A entidade também adiou a partida entre Maccabi Tel Aviv e Zorya Lugansk, pela Uefa Conference League, para o dia 25 de novembro (sábado). O jogo estava previsto para ocorrer no dia 26 de outubro, quinta-feira, no estádio La Ceramica. A entidade europeia solicitou Maccabi Haifa e Maccabi Tel Aviv para que ambos propusessem locais e estádios alternativos fora de Israel para os seus jogos em casa enquanto a decisão estivesse em vigor. As hostilidades entre as tropas israelenses e o Hezbollah começaram um dia depois do início da guerra entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas, em 7 de outubro. São 12 dias consecutivos de escalada entre a milícia xiita no Líbano e as forças israelenses, a maior desde a guerra de 2006. Ontem, ocorreram várias trocas de tiros na fronteira e o grupo xiita confirmou o disparo de mísseis teleguiados de Israel contra três posições militares em frente à cidade libanesa de Naqura e contra a colina Al Tahyat. O Exército Israelense localizou o lançamento de projéteis do Líbano contra Manara e Rosh Hanikra, adjacentes à fronteira libanesa e perto do Mediterrâneo. Além disso, as forças israelenses destruíram pelo menos cinco postos militares em território libanês após identificarem múltiplos lançamentos de mísseis antitanque daquele país em direção às comunidades fronteiriças. Os últimos 12 dias de escalada na região deixaram pelo menos 26 mortos: cinco em Israel – quatro soldados e um civil – e pelo menos 21 no Líbano, incluindo sete civis – entre eles um cinegrafista da agência “Reuters” -, nove membros do Hezbollah e cinco membros de milícias palestinas.
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