O segundo dia da COP 29 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), realizada em Baku, Azerbaijão, foi marcado por discursos contundentes e a notável ausência de líderes de grandes potências mundiais. O evento, que reúne representantes de diversos países para discutir ações contra as mudanças climáticas, enfrentou críticas e desafios significativos. O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, foi um dos principais oradores, rejeitando as críticas à exploração de petróleo e gás em seu país. Ele destacou que todos os países têm responsabilidade nas mudanças climáticas e acusou os Estados Unidos e a Europa de hipocrisia, por cobrarem ações de outros países sem tomarem medidas significativas em suas próprias nações. Aliyev defendeu que os recursos naturais, como petróleo e gás, são “presentes de Deus” e que os países não deveriam ser culpados por utilizá-los.
A conferência tem como um de seus principais objetivos arrecadar centenas de bilhões de dólares para ajudar países pobres a enfrentar os efeitos das mudanças climáticas. No entanto, a ausência de líderes de países como Estados Unidos, China e Índia, que são os maiores poluidores do mundo, representa um grande desafio para a Cop29. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o presidente da China, Xi Jinping, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, não compareceram ao evento, o que levantou preocupações sobre o comprometimento dessas nações com as discussões climáticas. Além disso, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, também não esteve presente, pois ainda se recupera de um acidente doméstico. O país é representado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.
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