Quem consegue imaginar um dos filmes de Sexta-Feira 13 sendo reconhecido pela Academia e recebendo uma indicação ao Oscar? A ideia que parece insólita estava nos planos de Barbara Sachs, produtora envolvida em Sexta-Feira 13 Parte VII, considerado um dos piores da franquia.
O projeto foi o primeiro da prodtora na série de filmes, e ela tinha grandes planos para ele. Sua ideia original era de que uma empreiteira iria encobrir os crimes no acampamento Crystal Lake para construir um condomínio no local.
Em entrevista para a Revista GQ há alguns anos, o roteirista Daryl Haney revelou que ela procurou uma série de grandes nomes na direção em Hollywood, em sua busca pela estatueta dourada.
Um deles foi o famoso Federico Fellini, que já dirigiu clássicos do cinema como A Doce Vida, A Voz da Lua e Ginger e Fred. Embora a ideia fosse interessante, o cineasta nem sequer cogitou a ideia de ocupar a cadeira de diretor para o filme assim como os outros grandes nomes que Barbara procurou, infelizmente.
Estúdio quis ‘surfar’ na ideia de crossovers
Sempre alcançando lucros altos com orçamentos minúsculos, a morte de Jason Voorhees foi mostrada no final de Sexta-Feira 13 Parte IV acabou sendo tendo que ser ‘consertada’. Entra Sexta-Feira 13 Parte V: Um Novo Começo, em que um copiador assume a identidade de Jason para prosseguir com as matanças.
Com a severa rejeição dos fãs, os estúdios decidiram dar poderes para o personagem e trazê-lo de volta da tumba. Sexta-Feira 13 Parte VI: Jason Vive resuscita o serial killer, e mesmo com os lucros baixos nos cinemas, o filme está no topo da lista dos fãs, sendo o primeiro a empregar o estilo ‘Pânico’ de metalinguagem uma década antes do filme existir.
Depois de muita discussão sem chegar a um consenso, a Paramount e a New Line desistiram da ideia de fazer o sétimo filme com uma batalha entre Jason e Freddy. A ideia sairia do chão em 2003, quando os dois vilões finalmente puderam se enfrentar.
Os estúdios, no entanto, não desistiram da ideia de um crossover e trouxeram Tina Shepard, uma adolescente com poderes telecinéticos. Muitos fãs criticaram a decisão, que transformou o slasher em um Jason vs Carrie de Segunda Categoria. Não somente o filme tinha um roteiro sem sentido, a censura caiu matando no filme, que reduziu seu sangue e violência para quase nada.
Com a rejeição dos fãs do filme, Parte VII também foi massacrada pela crítica, e mantém uma média de 35% no Rotten Tomatoes. Obviamente, o filme não chegou nem perto de ser considerado para o Oscar. Valeu a intenção, pelo menos…
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