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Papa Francisco denuncia 3ª Guerra Mundial no 'Dia dos Pobres'

O papa Francisco denunciou neste domingo (13) as consequências da fome e da violência, que atingem milhões de pessoas no mundo inteiro, pedindo para todos ouvirem o "grito dos mais fracos", no que classificou de 3ª Guerra Mundial.


"O que o Senhor está nos dizendo diante desta terceira guerra mundial? O que o Senhor está nos dizendo? Não fuja, pergunte a si mesmo: o que o Senhor está me dizendo e o que bom posso fazer?", questionou diante dos fiéis na missa do 6° Dia Mundial do Pobre, celebrado na Basí

lica de São Pedro, no Vaticano.


"Hoje, cada um de nós deve se questionar diante de tantas calamidades, diante desta terceira guerra mundial tão cruel, diante da fome de tantas crianças, de tantas pessoas, se posso desperdiçar, desperdiçar dinheiro, desperdiçar minha vida, desperdiçar o sentido da minha vida sem tomar coragem e seguir em frente?", acrescentou.


Jorge Bergoglio explicou que hoje "vemos levantar-se povo contra povo e assistimos, angustiados, à frenética extensão dos conflitos, à calamidade da guerra, que provoca a morte de tantos inocentes e multiplica o veneno do ódio".


O líder da Igreja Católica também fez alusão aos cenários de violência, como a "crueldade" que atinge o povo ucraniano, de injustiça e perseguição, a que se somam a crise gerada pelas alterações climáticas e pela pandemia, "que deixou atrás de si um rastro de perturbações não apenas físicas, mas também psicológicas, econômicas e sociais".


"Também hoje os pobres são as vítimas mais penalizadas de qualquer crise. Mas, se o nosso coração estiver blindado e indiferente, não conseguiremos ouvir o seu débil grito de dor, chorar com eles e por eles, ver quanta solidão e angústia se escondem mesmo nos cantos esquecidos das nossas cidades", acrescentou o Papa, lembrando dos migrantes e de quem vive na precariedade.


Por fim, Francisco alertou para a tentação de procurar respostas em "gurus", "horóscopos" ou "teorias da conspiração" e reforçou que todos os cristãos devem responder à "cultura do descarte", fugindo da "surdez interior" que impede de "ouvir o grito de sofrimento, sufocado, dos mais frágeis".


Ucrânia -


Como tem feito desde o início da guerra, Jorge Bergoglio expressou solidariedade ao povo ucraniano e voltou a pedir o fim da guerra.


"Permaneçamos sempre próximos de nossos irmãos e irmãs da martirizada Ucrânia. Próximos com a oração e com a solidariedade concreta. A paz é possível! Não nos resignemos à guerra", rezou.

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