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Operação prende três influenciadoras digitais e mais quatro pessoas por contrabando de óleo de maconha




Agentes da Polícia Civil do Rio de Janeiro, de São Paulo e do Distrito Federal iniciaram nesta quarta-feira (24) a Operação Refil Verde, contra o tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e crimes contra a saúde pública. Ao menos sete pessoas foram presas até o momento, inclusive três influenciadoras do Distrito Federal: Rhaynara Didoff, Letícia Susane Correia Castro e Elisa de Araújo Marden. A quadrilha contrabandeava os óleos de maconha para cigarro eletrônicos e vapes dos EUA, segundo as investigações, além de o produto vir envasado em potes de cerca de depilação e chegar ao Brasil pelo Paraguai. O grupo vendia os óleos virtualmente e alegava funções terapêuticas, “remédios para diversos tipos de doenças”, a fim de conquistar mais clientes e consumidores.

Coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça, a ação desta quarta-feira (24), é mais uma etapa da Operação Nárke. Ainda nesta quarta-feira, um dos profissionais de tecnologia da informação do Rio de Janeiro que era responsável pela criação das plataformas onde a droga era vendida foi preso em Nova Iguaçu. O grupo também utilizava influenciadores digitais de diferentes partes do Brasil para ajudar na divulgação dos produtos. A entrada no Brasil era por Foz do Iguaçu (PR), e os itens do produto, como embalagens e refis, era adquirido pela Chinacom o nome da loja. O destino dos produtos era a capital paulista, local onde eles manipulavam o insumo e envasava em vários frascos de cigarros eletrônicos diferentes de canabidiol. Com a mentira de que continham “diferentes genéticas de maconha”, o grupo ainda mistura solventes e aromatizantes ao óleo de cannabis para enganar os consumidores finais. Os chefes do grupo ficavam alocados no interior do estado de São Paulo e tinham muitas camadas de proteção para que não fossem encontrados pela polícia.

Os advogados que atendem Elisa Marden e Rhaynara Didoff afirmam que, até o momento, não tiveram acesso ao inquérito, o que “dificulta a análise detalhada dos fatos e a apresentação de uma defesa robusta”. No entanto, considerada a prisão desnecessária. “Estamos trabalhando diligentemente para obter acesso ao inquérito e, assim que possível, apresentaremos um pedido de liberdade ou outras medidas adequadas para garantir os direitos legais das investigadas.” A defesa de Letícia Susane Correia Castro assegura que irá rebater todas as acusações na sede da delegacia. Na audiência de custódia, agendada para esta quinta-feira (25), a defesa abordará o perfil dos acusados, incluindo informações sobre emprego, filhos, educação e possíveis riscos para a sociedade.

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