O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (12) a primeira edição da sua nova pesquisa, a Firmus, que busca captar a percepção de empresas não-financeiras sobre os seus negócios e a economia brasileira. As medianas do levantamento indicam um Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4% em 2024, 4% em 2025 e 3,70% em 2026 – acima portanto das estimativas intermediárias do relatório Focus.
“A mediana das expectativas de inflação informadas pelas empresas na Firmus foi consistentemente maior do que a mediana correspondente da pesquisa Focus”, informou o BC, no relatório de divulgação dos resultados.
Os dados publicados nesta segunda-feira foram coletados entre 13 e 31 de maio – no Focus, nesse período, as projeções de IPCA eram de 3,89% (2024), 3,77% (2025) e 3,60% (2026).
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A mediana da Firmus sugere um crescimento de 2% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro este ano, ante 2,01% na Focus, segundo a comparação do próprio BC.
Ao todo, 92 empresas não-financeiras inseriram expectativas para o desempenho da economia e a inflação. Os desvios-padrão também foram superiores aos da pesquisa Focus, informou a autoridade monetária.
Outras perguntas
A Firmus também fez uma série de perguntas de caráter mais qualitativo às empresas. Quando indagadas sobre o sentimento predominante dos profissionais no seu setor de atividade quanto à situação econômica atual, a maior parte (35,9%) disse ser neutro, enquanto 33,7% afirmaram ser discretamente positivo e 28,3%, discretamente negativo.
Sobre as expectativas para a taxa de crescimento real no principal setor de atuação as empresas, na comparação com o PIB de 2024, a maior parte (34,8%) disse esperar uma alta discretamente acima. Outros 30,4% estimavam expansão em linha; 17,4%, discretamente abaixo; 13,0%, fortemente acima; e 4,3%, fortemente abaixo.
A maior parte das empresas (46,7%) espera que os seus custos de mão de obra cresçam entre 4% e 6% nos próximos 12 meses, enquanto 34,8% preveem alta entre 2% e 4% e 13,0%, acima de 6%. Só 5,4% esperam alta entre zero e 2%, e nenhuma espera variação negativa.
A pesquisa também questionou as empresas sobre a expectativa de variação nos preços dos seus produtos na comparação com o IPCA. Para 41,3%, ela será em linha, enquanto 32,6% esperam alta discretamente acima e 16,3%, discretamente abaixo. Outros 6,5% previram aumento fortemente acima, e 3,3%, fortemente abaixo.
Sobre a margem de resultados das empresas nos próximos 12 meses, 37,0% informaram esperar que fique em linha com a atual. Outros 34,8% preveem um nível discretamente acima e 21,7%, discretamente abaixo. Para 3,3% (em ambos os casos), ficará fortemente acima ou fortemente abaixo.
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