O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou a decisão do Tribunal da Haia sobre o genocídio israelense na Faixa de Gaza como escandalosa e falsa, mas celebrou o fato dela não mencionar uma cessação imediata das hostilidades no enclave palestino. “Como todos os países, Israel tem o direito básico à autodefesa. O tribunal de Haia rechaçou corretamente a escandalosa exigência de nos privar deste direito”, disse Netanyahu após conhecer a decisão da CIJ sobre as medidas provisórias recorrentes pela África do Sul. “A tentativa de negar a Israel este direito fundamental à autodefesa é uma discriminação flagrante contra o Estado Judeu e foi justificadamente rejeitada”, acrescentou Netanyahu, que frisou o “compromisso inabalável” de Israel com o direito internacional. Nesse sentido, assegurou que Israel continuará a defender-se do Hamas, o que define como uma “organização terrorista e genocida”. “Nunca mais”, bradou Netanyahu, repetindo o lema do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, que é lembrado amanhã.
Netanyahu, que está em guerra com o Hamas desde o dia 7 de outubro, quando o grupo palestino invadiu o país e matou cerca de 1.200 pessoas, disse que a guerra é contra os terroristas do Hamas, não contra o civis palestinos. O primeiro-ministro também expressou o compromisso de Israel em facilitar a assistência humanitária à Faixa de Gaza, onde mais de 26 mil pessoas morreram em 111 dias de guerra, segundo as autoridades do enclave, e em manter os civis fora de perigo, ao mesmo tempo que acusou o Hamas de usar estes como escudos humanos. “Estamos travando uma guerra justa e continuaremos até a vitória total, até vencermos”, insistiu. Na decisão apresentada nesta sexta-feira, 26, Haia também exigiu que Israel permita entrada de ajuda humanitária no enclave palestino.
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