Na noite desta quinta-feira (18), moradores de diversos bairros de São Paulo, principalmente na Zona Oeste da capital, utilizaram as redes sociais para relatar a sensação de um tremor de terra. Alguns prédios chegaram a ser evacuados devido ao abalo, com relatos de impacto em áreas como Perdizes, Pompeia e Mooca, Pinheiros, Vila Madalena, Santana, Tatuapé e Guarulhos. A possibilidade de o fenômeno estar relacionado a um terremoto de 7,3 graus na Escala Richter no Chile, foi levantada tanto pelos próprios internautas quanto por especialistas. Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o tremor foi registrado a uma profundidade de 126 km. O ponto central do abalo sísmico estava localizado a 20 km ao sul da cidade de San Pedro de Atacama, na região de Antofagasta, a cerca de 1.630 km da capital Santiago. O terremoto no Chile, registrado pouco antes das 23h desta quinta, coincide com os relatos iniciais nas redes sociais sobre o tremor em São Paulo. A repercussão do ocorrido levou a uma mobilização online, com diversos relatos e vídeos sendo compartilhados nas redes sociais.
Os cientistas do Centro de Sismologia da USP relataram que os tremores foram causados por um conjunto de fatores. “A cidade de São Paulo está sobre uma bacia sedimentar que amplificam as ondas sísmicas na passagem do terremoto. Esse tipo de acontecimento é raro, para isso acontecer precisa de uma configuração específica e foi isso que aconteceu, ele está em uma profundidade de 100km mais perto do continente, está quase na divisa de Argentina. Essa configuração combinado com o horário, quando as pessoas estão em seu horário de descanso, facilita sentir esse tremor, não é tão comum, porém, já aconteceu outras vezes. Não há chance de ocorrer algum abalo estrutural com essa distância”, disse em nota.
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