O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) evitou dar detalhes sobre a conversa com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e defendeu a articulação política, minimizando a crise entre Executivo e Legislativo. Lula ressaltou que não teve uma reunião, mas, sim, uma conversa com Lira, destacando que não é obrigado a revelar o conteúdo. Para ele, os problemas no Congresso são normais na política. “A gente não vai viver em uma eterna briga. Porque se você optar pela briga não aprova nada. O país é prejudicado, vamos conviver com todo mundo”, declarou o presidente, durante café da manha com jornalistas convidados. “Eu, sinceramente, não acho que a gente tenha problema no Congresso. A gente tem situações que são as coisas normais da política. Vamos só lembrar um número. Nós temos 513 deputados, e meu partido só tem 70. Nós temos 81 senadores, e o meu partido só tem 9”, acrescentou. A Jovem Pan participou do encontro.
Para sustentar a harmonia com o Congresso, Lula lembrou que começou a governar antes da posse, com a aprovação da PEC da Transição, e destacou vitórias do governo no Legislativo. O presidente enfatizou que muitos querem ver os poderes em conflito, mas isso prejudica o país. E afirmou que o Brasil “precisa dar certo” e que “o time está jogando como deve”. Diante da expectativa de derrubada de vetos presidenciais, o petista minimizou possíveis derrotas e afirmou que faz parte do jogo político. Ele disse não se irritar com as decisões do Congresso, mas por não conseguir convencer os parlamentares. Em relação ao veto parcial sobre a saidinha de presos, o presidente da República destacou que é um problema dos congressistas se decidirem derrubá-lo. Por fim, Lula negou rumores de uma reforma ministerial iminente, apesar de relatos de que alguns membros de seu governo não têm agradado ao Planalto. “Não há reforma ministerial acontecendo neste momento. A única coisa em minha mente é que este país precisa dar certo porque o povo brasileiro precisa disso.”
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