Diante dos intensivos ataques de Israel contra a Faixa de Gaza, o grupo Hamas ameaçou, nesta segunda-feira, 9, executar “publicamente” reféns civis israelenses se Israel continuar bombardeando indiscriminadamente sem aviso prévio aos residentes. “Qualquer ataque contra casas inocentes em Gaza sem aviso prévio e alerta será respondido com a execução pública de um refém”, disse Abu Obeida, porta-voz das brigadas Al Qassam, o braço armado do Hamas, em um comunicado. “As execuções serão de reféns, civis, não militares, e serão transmitidas online”, acrescentou. Em declaração aos jornalistas nesta segunda, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, disse que mais de 100 pessoas foram feitas de prisioneiras pelo Hamas. Também em entrevista aos jornalistas, Libby Weiss, porta-voz da Defesa de Israel, disse que há testemunhos falando que familiares foram arrastados através da fronteira. “Os números são horríveis e devastadores”, disse, acrescentando que neste momento são vários os focos, porém, neste momento existem alguns principais, como “garantir a segurança da fronteira e garantir que não haja nenhum terrorista de Hamas em Israel e trazer os reféns de volta para casa”.
Pela manhã, houve um relato de que o Catar estaria negociando troca de prisioneiros com o Hamas e Israel, porém, ambos os lados negaram que estejam negociando. “A operação militar continua (…), portanto, atualmente, não há possibilidade de negociação sobre a questão dos prisioneiros ou qualquer outra coisa”, disse Hossam Badran, membro da cúpula política do Hamas. “A nossa missão agora é fazer todo o possível para evitar que a ocupação continue cometendo massacres contra o nosso povo em Gaza, atingindo diretamente as casas de civis”, acrescentou. A guerra entre Israel e Hamas, que acontece desde sábado, 7, quando o grupo invadiu território israelense, já deixou 1.476 mortos e uma onda de destruição. De acordo com o último balanço das autoridades, foram 900 mortes em Israel, segundo a imprensa local, 687 na Faixa de Gaza, conforme autoridades locais e 16 na Cisjordânia.
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