Vitorio Piffero, ex-presidente do Internacional, e Pedro Affato, ex-vice-presidente de Finanças, foram condenados a prisão por um esquema de desvio de dinheiro do caixa do clube na gestão entre 2015 e 2016. A dupla, juntamente com outras três pessoas, foi julgada e condenada pela 2ª Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro, em Porto Alegre. A sentença determinou penas de dez anos e seis meses para Piffero e 19 anos e oito meses para Affato, ambos em regime fechado, além do pagamento de multas. As investigações tiveram início em 2017, após o rebaixamento do Inter para a Série B. O Conselho Fiscal do clube emitiu parecer recomendando a reprovação das contas da gestão, o que foi acatado pelo Conselho Deliberativo. Geraldo Costa da Camino, presidente do Conselho Fiscal, solicitou a abertura de sindicância para apurar as “graves falhas de controles internos” apontadas por uma auditoria externa contratada pelo clube. Em setembro do mesmo ano, um relatório financeiro identificou uma inconsistência de R$ 9 milhões em contratos com empresas de construção civil.
O relatório apontou pagamentos suspeitos para obras não realizadas, totalizando um desvio de mais de R$ 13 milhões do caixa do clube. Todos os envolvidos nas irregularidades terão que ressarcir o Internacional com os valores obtidos indevidamente. Piffero e Affato, condenados por estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, têm o direito de recorrer em liberdade. A defesa do primeiro afirma que só irá se pronunciar quando tiver a oportunidade de ler a sentença. O advogado do segundo também afirmam que não leu a sentença, mas já avisou que vai recorrer. A condenação dos ex-dirigentes do Internacional foi resultado de um processo que envolveu também um engenheiro do clube à época e dois empresários do ramo da construção civil.
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