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Em ofício, CNA pede que governo adote medidas emergenciais de apoio a produtores rurais




A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresenta nesta quarta-feira, 31, um ofício ao ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, em que pede a adoção de medidas emergenciais de apoio aos produtores rurais impactados por mudanças no clima. No texto, a CNA solicita em caráter de urgência à implementação de medidas para auxiliarem os produtores rurais cuja produção foi significativamente impactada pelas adversidades climáticas causadas pelo fenômeno El Niño. “Nos últimos meses, diversas regiões enfrentaram desafios climáticos significativos. A intensificação da seca e, também, a ocorrência de chuvas excessivas, em virtude do fenômeno El Niño, resultaram em danos substanciais às plantações e rebanho”, diz o comunicado da CNA, que também fala que em colaboração com as Federações da Agricultada Estaduais do Sistema liderado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), foram elaboradas propostas, destinadas a mitigar os impactos enfrentados pelo setor. Elas tem como finalidade atender às necessidades específicas de cada região e as cadeias produtivas afetadas destinadas a mitigar os impactos enfrentados pelo setor.

As demandas incluem a prorrogação de operações de crédito rural vigentes por pelo menos seis meses, a renegociação de parcelas de financiamento vencidas, a atualização dos preços mínimos de soja, milho e trigo e a de instrumentos de equalização de preços, a suplementação de recursos para a subvenção ao seguro rural e a regulamentação do Fundo de Catástrofe (Lei Complementar 137/2010). As propostas foram detalhadas pelo assessor técnico da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Tiago Pereira.

De acordo Pereira, os produtores das principais regiões produtoras mostram preocupação com a queda de produtividade em razão dos problemas climáticos, situação que reduziu a margem bruta dos produtores e os preços serão insuficientes para cobrir os custos de produção. Em regiões como Sorriso (MT), por exemplo, segundo dados do projeto Campo Futuro, a margem do produtor de soja na safra 2023/2024 deve cair 41% em relação à safra anterior. Em Rio Verde (GO) e Cascavel (PR), as margens devem cair 39,6% e 39,5%, respectivamente. Pereira também mostrou um cenário negativo para o milho safrinha devido aos altos custos e à queda dos preços do cereal. Em Rio Verde (GO), por exemplo, a projeção estimada é de 82% na margem bruta do produtor neste ano na comparação com 2023. Em Dourados (MS), a projeção de queda é de 38%.

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