No primeiro semestre, o rotativo do cartão de crédito chegou a R$ 159,3 bilhões em novos empréstimos. Este foi o maior patamar desde 2014, quando foram oferecidos R$ 174,7 bilhões, ao considerar a correção pela inflação. Os dados são do Banco Central.
Em junho, o rotativo do cartão de crédito chegou a 370,4% ao ano para as pessoas físicas. Já no acumulado em 12 meses, a taxa média registrou um crescimento de 41,3 pontos percentuais.
Sendo assim, no período de um ano, a taxa média do rotativo do cartão de crédito apresentou um aumento bastante acima da taxa básica de juros, a Selic. A taxa de juros saltou, em março do ano passado, de 2% ao ano, para os atuais 13,75% ao ano.
Recentemente, o Banco Central alertou que o aumento do crédito em modalidades com riscos maiores aponta uma tendência de crescimento da inadimplência — mesmo que dentro de níveis históricos.
Segundo o BC, com relação às famílias, a elevação de ativos problemáticos vem superando o aumento da carteira de crédito.
Atualmente, a busca pelo rotativo do cartão de crédito acontece em um cenário de grande inflação, aliada à renda menor e desemprego.
Funcionamento do rotativo do cartão de crédito
O rotativo do cartão de crédito é uma modalidade para que a fatura do cartão seja financiada — sem parcelas e datas definidas para que o cliente realize o pagamento.
A opção é oferecida quando a pessoa não realiza o pagamento total da fatura, mas acima do mínimo mensal convencionado. Ao usar o crédito rotativo, o titular estará sujeito ao pagamento de juros e outros encargos.
O período máximo de uso do crédito rotativo é de aproximadamente 30 dias. Desde abril de 2017, passou a vigorar uma resolução que prevê que o saldo devedor da fatura do cartão de crédito, quando não pago totalmente até o vencimento, pode ser mantido até o vencimento da fatura seguinte.
Após esse período de um mês, os bancos devem transferir a dívida do rotativo do cartão de crédito para uma linha de empréstimo parcelado. Nesta opção, são menores as taxas cobradas.
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