A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (8) a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central (BC). O economista, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), recebeu 26 votos favoráveis e nenhum contrário, após quatro horas de sabatina. O próximo passo será a votação no plenário do Senado, onde Galípolo precisará de pelo menos 41 votos entre os 81 senadores para ser confirmado no cargo. Caso aprovado, ele assumirá a posição de Roberto Campos Neto, cujo mandato se encerra em 31 de dezembro deste ano.
Durante a sabatina, Galípolo afirmou que recebeu garantias do presidente Lula de que terá “liberdade na tomada de decisões”, enfatizando que seu compromisso será com o bem-estar da população brasileira. Ele negou ter sofrido qualquer tipo de pressão política por parte do governo — “seria muito leviano da minha parte dizer que o presidente Lula fez qualquer tipo de pressão” — e destacou que a relação tanto com Lula quanto com Campos Neto é positiva. “Sempre fui bem tratado pelos dois”, disse. Durante a sabatina, a gestão do atual presidente do BC foi bastante elogiada por parlamentares da oposição.
Os desafios de Galípolo à frente da autoridade monetária incluem o controle da inflação e a condução da política de juros. A taxa Selic, atualmente em 10,75% ao ano, tem sido motivo de críticas do governo, que defende sua redução para estimular o crescimento econômico. O indicado do governo petista ressaltou que o Banco Central precisa ser prudente ao lidar com a inflação e garantiu que a instituição seguirá trabalhando com uma agenda voltada para a criação de uma economia mais equânime e sustentável.
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