O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira, 23, os dados do Censo Demográfico de 2022, que registrou que o Brasil possui 367 mil domicílios onde não existem banheiros, sanitários ou buracos para dejeções, resultando em 1,2 milhão de pessoas, equivalente a 0,6% da população, sem acesso a um local adequado para fazer as necessidades fisiológicas básicas em casa. O quadro é crítico em 169 municípios, onde mais de 10% da população residia em lares sem sanitário. O Piauí liderou o pior índice, com 5% da população nestas condições, seguido pelo Acre (3,8%) e Maranhão (3,8%).
De acordo com o levantamento, houve um avanço de 5,5 pontos percentuais (pp) no indicador que aponta a presença de banheiros de uso exclusivo nos domicílios desde 2010, quando a última pesquisa foi realizada. Em 2022 caiu de 71,5% para 66,3% a população que possuía apenas um banheiro, um aumento de 5,2 p.p na quantidade de lares com dois ou mais banheiros. Em todas as regiões houve um aumento na proporção de domicílios com banheiro de uso exclusivo, quando comparado aos índices de 2010 e 2022. O Norte lidera o ranking, com um crescimento de 15%, seguido pelo Nordeste (11,9%) e apesar do crescimento elevado entre as datas, as duas regiões estão com os mais baixos índices do país — Norte (92,21%) e Nordeste (95,52%) — Enquanto o Sudeste recebe a melhor porcentagem com 99,82%, o Sul com 99,7% e o Centro-Oeste com 99,47%.
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