A Usina Hidrelétrica Belo Monte produz baixa emissão de CO2, com níveis similares de emissões em comparação a outras fontes de energias renováveis. A conclusão é de uma pesquisa conduzida pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O estudo detalha que Belo Monte é a hidrelétrica que menos emite no bioma Amazônia, sendo a quinta usina mais eficiente do Brasil em termos de taxa de intensidade de gases poluentes. O trabalho de campo dos pesquisadores durou três anos e analisou amostras em seis campanhas de medição, em 45 pontos diferentes da Bacia do Xingu e do reservatório, no Pará, onde a usina está instalada. Após cruzarem os resultados das medições de gases de efeito estufa com o estudo do ciclo do carbono em reservatórios de hidrelétricas, os cientistas concluíram um importante avanço para o setor elétrico brasileiro.
“Os resultados obtidos mostram que Belo Monte tem um indicador de intensidade de emissões de CO2 muito baixo e níveis similares de emissões em comparação a outras fontes de energias renováveis, como eólica e solar. Tenho segurança em dizer que Belo Monte é um projeto muito bom sob as óticas do setor elétrico e ambiental”, disse o professor Marco Aurélio dos Santos, professor da COPPE e coordenador da pesquisa. A estimativa é que, entre 5 e 10 anos, a área alagada em Belo Monte apresente uma intensidade de emissões ainda menor. O Brasil possui 147 hidrelétricas integradas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e operadas em conjunto pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), sendo Belo Monte a maior hidrelétrica, com operação plena desde novembro de 2019.
O estudo “Desenvolvimento de Metodologia para o Cálculo das Emissões de Gases de Efeito Estufa no Reservatório da UHE Belo Monte” usou como base o Índice de Intensidade de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Para calcular o índice, é necessário medir a quantidade de CO2 ou outros gases de efeito estufa emitidos pela fonte de energia durante um determinado período. Em seguida, essa quantidade é dividida pela energia produzida. O resultado expressa a quantidade de gases de efeito estufa emitidos, permite comparar diferentes fontes de energia e determinar o impacto ambiental de cada uma delas.
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