O ex-ministro da Defesa da gestão de Jair Bolsonaro (PL), general Walter Braga Netto, e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, permaneceram em silêncio nesta quinta-feira, 22, durante depoimento na sede da Polícia Federal, em Brasília. Eles são alvos da Operação Tempus Veritatis sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado Democrático de Direito por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Após ficarem mais de uma hora no prédio, eles saíram por volta das 15h15 em um comparecimento à PF marcado pelo silêncio. De acordo com a Polícia Federal, Braga Netto teria incitado críticas contra membros das Forças Armadas que não apoiaram a suposta tentativa de golpe. Mensagens apreendidas pela PF mostram que ele ordenou ataques aos então comandantes do Exército e da Aeronáutica. Braga Netto teria proferido xingamentos e ofensas a integrantes da cúpula militar que não aderiram às suas ideias.
Como mostrou o site da Jovem Pan, o ex-presidente Jair Bolsonaro também compareceu à sede da PF para prestar depoimento no âmbito das investigações da Operação Tempus Veritatis, mas se manteve em silêncio. A defesa do ex-presidente entrou com três recursos no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a sua liberação para que ele não precisasse comparecer ao depoimento, sob a justificativa de não ter tido acesso a parte do material apreendido e que, por isso, faria o uso do silêncio. Os pedidos foram negados pelo ministro Alexandre de Moraes.
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